segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A matemática do dia a dia

    
Sempre ouvimos dizer que a matemática é algo muito difícil e não conseguimos entender o porquê de estudarmos a mesma, mas, muitas vezes sem saber, você pode estar pisando na matemática todos os dias.
Uma saliência no caminho. Para nós, ela é barulho e até um risco de tropeçar, mas para os matemáticos ela é linda. “Uma tampa de bueiro, um círculo, a forma perfeita”, disse o matemático e diretor do Impa Marcelo Viana.
O conjunto de pontos que estão todos à mesma distância de um outro ponto. O círculo está em toda parte.  A matemática nos faz entender a beleza de todas as formas.
No Pão de Açúcar, o bondinho só chega até o alto porque percorre uma estrada construída pela matemática: a catenária. “Física e matemática explicam tudo. Então quando você tem, por exemplo, a força do cabo do bondinho. Se o cabo fosse reto, quebrava. Ele é forte justamente porque tem uma curva. Essa curva a gente usa ao contrário nas estruturas metálicas, nos grandes vãos, nas catedrais antigas”, disse o arquiteto Michel Pinto Guimarães.

A segurança está na curva. Ainda bem, porque vivemos debaixo de catenárias, elipses, hipérboles, parábolas, semicírculos, como os da Casa França-Brasil. Ele foi o primeiro edifício neoclássico em solo brasileiro, projetado no século XIX pelo francês Grandjean de Montigny. Mas, antes mesmo da chegada dos europeus ao Brasil, os índios já sabiam matemática.
“Se você analisar uma oca indígena, a oca indígena tem a mesma curva, a mesma hipérbole da Catedral de Florença, e é intuitivo. É intuitivo, porque é observação da natureza e a natureza é matemática”, explicou Miguel Pinto Guimarães.
No teto do Museu do Amanhã, as verdades eternas da matemática parecem olhar para o futuro. São formas simples. As retas e os arcos que nós já vimos antes, mas combinados de maneira única, em uma sinfonia geométrica. “Uma sensação de que tudo isso está nos levando para o infinito. Com esse movimento contínuo, movimento de peças que estão paradas. Isso é fantástico”, explicou o matemático.
A cidade, a natureza, o museu. Diante da força dessas imagens, a imagem que nós temos da matemática vai mudando também. “As pessoas acham que a matemática é fria, é impessoal, que não tem nada a ver com emoções. Você olha em volta, vê as formas, vê a harmonia, vê toda essa elegância que nos cerca, impossível não ficar emocionado”, disse o diretor do Impa.

Para entender as obras-primas da arquitetura, podemos começar com obras bem mais simples. Um brinquedo de criança, feito com canudinhos de papel.
“Essa forma aqui, o tetraedro, ele tem uma robustez extraordinária. Se você tem uma pressão, um peso colocado aqui, esse peso é distribuído de maneira igual, equilibrada, para cada um dos pontos de apoio. Então essa estrutura tem uma resistência muito grande, justamente por causa desse equilíbrio. Ao contrário do cubo, que é uma forma fantástica evidente, mas tem características completamente diferentes. Você nota que o cubo é flexível”, explicou o matemático.
Mas é o círculo, qual a utilidade dessa forma perfeita? Se tantos bueiros são redondos, deve existir uma explicação. Com a palavra, a matemática.
“O círculo, qualquer posição que você mede, em qualquer ângulo, você obtém sempre o mesmo valor, que a gente chama o diâmetro do círculo, é sempre o mesmo comprimento”, disse o matemático.
Isso significa que a tampa nunca vai cair dentro do próprio buraco. Um bueiro é a prova de que é possível falar de matemática sem fazer nenhuma conta e aquele medo de aprender nunca mais vai voltar.

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Desafios da Matemática no Brasil


            Sabemos que muitas pessoas possuem dificuldades com a matemática e, muitas vezes a evitam em situações cotidianas. Essa cena é comum quando a nota chega à mesa do restaurante e precisa ser dividida. Tem sempre alguém que diz logo "eu não sei fazer conta" e passa adiante a tarefa. "E isso é considerado normal, ninguém acha nada demais. Mas as pessoas teriam vergonha de dizer: Eu não sei ler, né?", diz o matemático Artur Avila, de 38 anos, o único brasileiro ganhador da Medalha Fields, honraria internacional conhecida como "o Nobel da matemática".
O horror à matemática é um traço cultural significativo no Brasil. Na avaliação educacional internacional Pisa, o desempenho dos estudantes brasileiros em matemática foi o pior entre as habilidades analisadas - também são medidos o conhecimento em ciências e a capacidade de leitura). Na última edição, em 2015, a nota do país em matemática foi 377, menor do que na edição anterior, em 2012, quando chegou a 389. No ranking mundial dessa disciplina a partir da Pisa 2015, o Brasil ficou em 66º lugar. O curioso é que este mesmo País abrigue o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) - centro de excelência no ensino da matéria comparável a universidades como Stanford, MIT e Harvard.
O intuito é mostrar como a matemática faz parte do cotidiano das pessoas.
Um exemplo é o setor petrolífero. Companhias como a Petrobras furam poços em grande profundidade. Essa atividade envolve uma série de riscos, desde a fixação dos instrumentos que fazem o poço até o ato de extrair o petróleo de modo a evitar vazamentos e acidentes ambientais. "Em todas essas etapas a matemática está envolvida. Isso exige a resolução de equações muito complicadas. Matemáticos desenvolvem maneiras de simular essas ações no computador", explica Roberto Imbuzeiro, professor e pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).
Os cálculos e equações também são a base para os computadores e todas as atividades feitas de maneira informatizada. A coleta e o processamento de dados em larga escala, chamados de megadados (Big Data), e o uso de algoritmos e de inteligência artificial também envolvem modelos matemáticos complexos que definem as informações que serão consideradas e a correlação entre elas. E esses recursos vão além apenas da área de tecnologias da informação e estão se espalhando cada vez mais por setores da economia.
Especificamente na economia, as operações financeiras igualmente dependem de modelos e equações. Quando uma pessoa pede um empréstimo, boa parte das instituições financeiras usa cálculos sofisticados para a chamada análise de risco. O mesmo vale para a compra de ações nas bolsas de valores.
Sendo assim, mostrando para as pessoas a importância da matemática sua vivência de forma individual e para o nosso país, pode se tornar um incentivo para que a mesma possua interesse em aprender tal disciplina.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Semana de Ciência e Tecnologia

Entre esta segunda-feira, 23, e o domingo, 29, cidades de todo o Brasil realizarão a 14ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) sob o tema “A matemática está em tudo”. Estão planejadas cerca de 5 mil atividades em mais de 180 municípios.

A UFF realizará diversas atividades ao longo da semana e, por meio da agenda acadêmica, evento que reúne superintendência, pró-reitorias e unidades acadêmicas com o objetivo de apresentar à sociedade seus programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão. A programação inclui palestras, oficinas, cursos, workshops, exposições, entre outras coisas.  .

A coordenadora-geral de Popularização e Divulgação da Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Leda Pinto, destaca a importância de levar as ações para o maior número de pessoas possível. “É importante que se invista na interiorização da SNCT, para garantir que sejam ofertadas atividades fora das grandes cidades”, afirma.
Segundo Leda, o ideal da organização é contribuir com a formação de cidadãos. “Nosso ideal é que todos os brasileiros tenham acesso ao conhecimento científico e se sintam empoderados, cidadãos plenos, com capacidade de entender o universo à nossa volta e tomar parte no processo decisório do País”.
Esta edição homenageia o matemático Jacob Palis. Em 2010, o brasileiro recebeu o Prêmio Balzan, importante distinção internacional, pelas contribuições feitas à teoria dos sistemas dinâmicos. Palis é membro de academias científicas de diferentes países e detentor de diversas condecorações nacionais e no exterior.
Fonte: Clique aqui

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Benefícios do saber matemático para o tempo e dinheiro

         Todos sabemos que muitas pessoas temem a matemática e não se interessam para estudar a mesma, mas sempre podemos pontuar que o uso da matemática nos permite organizar nossos negócios e vida cotidiana. A matemática financeira, por exemplo, estuda como o dinheiro varia ao longo de um período de tempo, o que na prática possibilita saber se aquele empréstimo ou investimento será lucrativo ou não, ou ainda como fazer novas dívidas sem pagar demais por isso.

Matemática e o tempo

Desde antigamente, o ser humano utilizava o numero para se situar no tempo e planeja-lo. Esse conceito não mudou muito com o passar dos anos. Ainda hoje, homens e mulheres de todo o mundo calculam as horas de cada atividade para fins organizacionais. Do contrário a vida nas metrópoles seria um verdadeiro caos. Vale lembrar também que a matemática deu origem a internet, os computadores e relógios, logo o seu domínio significa domínio das tecnologias a seu favor. As vantagens da matemática não param por ai. Modelos matemáticos, por exemplo, podem até economizar tempo  no trânsito.
Se o motorista dispõe de dados dos horários de engarrafamento, avenidas mais movimentadas, distância do percurso e velocidade permitida, pode facilmente encontrar a via mais rápida através do cruzamento de informações. A matemática aparece ainda frequentemente nos supermercados. A simples observação da quantidade de pessoas na fila, itens dispostos nos carrinhos de compra e velocidade média do caixa, ajuda a identificar quais das opções será mais vantajosa para o cliente, o qual também pode utilizar o tempo de espera para somar o valor médio de cada produto e já separar o dinheiro na carteira, caso não utilize o cartão, evidentemente.

Matemática e o dinheiro

A matemática pode ser aplicada para planos de estratégias em diferentes setores. No seio familiar, é comum levar em consideração gastos com comida, educação e saúde para, a partir daí, pensar no lugar onde passarão as férias, planejar o programa no final de semana, respeitando um orçamento reservado. Aquele que desconhece e, por isso mesmo, exclui o planejamento financeiro da sua rotina, acaba pagando mais. Aliás, existe um tipo de matemática voltada a esse tipo de finalidade, a chamada matemática financeira.
Ela nada mais é do que o estudo da variação do dinheiro ao longo do tempo. Todo o cálculo tem como base o capital, investimento, empréstimo, o juros e taxa de juros, que é a razão entre juros e capital, etc. Dessa maneira é possível que uma empresa ou família descubra se a aplicação é rentável e quais formas de pagamento oferece mais vantagens, cartão de crédito, boleto ou cheque, por exemplo. Sem o uso desse conhecimento ficará mais difícil economizar. Não tem jeito, a matemática é mesmo o melhor amigo do homem contemporâneo.

Fonte: Clique aqui

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Mistério Matemático em Tábua de Babilônia

     Um grupo de pesquisadores da universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália descobriu que um objeto de argila, conhecida como Plimptom 322, de 3.700 anos é, na verdade, uma tábua trigonométrica, a mais antiga escritura matemática para calcular como construir palácios, templos e canais. 
     Tal descoberta mostra que os babilônios foram mais rápidos que os gregos para a invenção da trigonometria. Os babilônios teriam chegado mil anos mais cedo, o que revela uma antiga sofisticação matemática escondida até agora
     Segundo Daniel Mansfield, do Curso de Matemática e Estatística da Faculdade de Ciências da Universidade de Nova Gales do Sul, a "Plimptom 322 confundiu os matemáticos durante mais de 70 anos, já que contém um padrão especial de números chamados de triplos pitagóricos. O grande mistério, até agora, era o seu propósito - por que os escritores antigos realizavam a tarefa complexa de gerar e classificar os número na tabela"
     "A Plimptom 322 existiu antes de Hiparco em mais de mil anos", disse Norman Wildberger, professor associado a Mansfield. "Isso abre novas possibilidades não apenas para a pesquisa matemática moderna mas também para a educação matemática."     


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Música e matemática

          Devemos ter sempre em mente que cada pessoa sua forma de pensar, de falar, de olhar, e coisas que tornam cada pessoa única. Mas,qual criança (ou adulto) não fica fascinado ao ouvir uma música do que gosta? Além do prazer que proporciona, ela contribui - e muito - para o aprendizado do seu filho.
          Um grupo de pesquisadores de Northwestern University, dos Estados Unidos, revisou uma série de estudos sobre o tema e mostrou que o aprendizado da música estimula a plasticidade do cérebro, ou seja, a capacidade de mudar e se adaptar ao longo da vida.
          Uma das capacidades adquiridas com a prática de um instrumento, por exemplo, é a identificação de diferentes sons. "O cérebro nasce com determinado número de neurônios e cada aprendizado ajuda a formar um circuito de memória. A música ajuda na medida em que desenvolve os sentidos, ensina padrões rítmicos, habilidade sensório-motora e estimula até o raciocínio matemático e aritmético", diz Antonio Carlos de Farias, neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe.

   
          Foram realizados diferentes testes e através da música foi possível perceber diferentes avanços como: melhora do vocabulário, concentração e identificação de vozes, paciência e persistência.
          Se gostaria de ler mais sobre os testes e seus avanços, clique aqui

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A importância da comunicação nas ciências exatas


     Antigamente muitas pessoas associavam à pessoas que gostavam de ciências exatas uma imagem de uma pessoa introspectiva e com pouco traquejo social, mas o perfil do estudante de exatas mudou e já não comporta mais este esterótipo. Uma pesquisa realizada em escolas britânicas indica que alunos mais comunicativos têm a maior probabilidade de alcançar melhor desempenho nestas disciplinas.
     Essa descoberta traz uma nova perspectiva para a noção de que crianças com vocação para ciências exatas teriam um perfil de comunicação diferente daquelas que apresentam habilidades em linguagem e ciências humanas.
     O uso de discussões no ensino de ciências exatas e da natureza tem relação com as bases do processo científico: por meio da argumentação, aprende-se a elaborar hipóteses, analisar possibilidades e trabalhar de modo conjunto na busca por um resultado. Esta é a ideia defendida pela professora e pesquisadora Lexi Wichelt em seu trabalho sobre a importância da comunicação no ensino da matemática. 
     “Quero que meus alunos sejam capazes de se comunicar com seus colegas e professores. Se os alunos conseguem comunicar seus passos e responder questões sobre como chegaram à resposta, então eles têm um bom entendimento do tópico”, diz. “Eles precisam ser capazes de analisar o problema, encontrar um método apropriado para resolução e então comunicar esses passos aos colegas ou professores.” 
    Saiba mais sobre esse estudo aqui

terça-feira, 1 de agosto de 2017

A matemática ao adoçar um café



Sabia que a matemática pode ajudar você a adoçar seu café e mistura-lo de forma correta?

Se ao adicionar açúcar ao café, você mexe em círculos com uma colher, estará fazendo com que o açúcar se acumule nas beiras da xícara, onde o líquido se movimenta mais devagar.

A maneira mais eficiente para adoçar o café, explica a matemática, é realizando um movimento desordenado com a colher de forma que o açúcar se misture completamente ao café. Com este movimento, as partículas de açúcar se afastam rapidamente umas das outras, mesclando-se com o líquido.

Se deseja saber mais sobre esse assunto clique aqui



terça-feira, 18 de julho de 2017

Curiosidade - Número Capicua


Já ouviu falar sobre número capicua?
Dizemos que um número é capicua quando lido da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda representa sempre o mesmo valor, como por exemplo 99, 434, 92329

Resultado de imagem para número capicua

Para obter um número capicua a partir de um número qualquer basta que inverta-se a ordem dos algarismos do número original e soma-se com o número dado, um número de vezes até que se encontre um número capicua.

Por exemplo:
Partindo do número 84: 84+48=132;132+231=363, que é um número capicua

Podemos observar também que quando elevamos um número, contendo apenas o algarismo 1, ao quadrado, também formamos números capicua.




terça-feira, 20 de junho de 2017

A matemática do amor

Será que nunca desenvolveram uma fórmula para prever se um relacionamento vai dar certo ou não? Uma equação matemática que prevê o destino do amor foi criada há mais de 20 anos pelo psicólogo John Gottman em colaboração com o matemático James Murray.
Eles começaram estudando absolutamente tudo que rola enquanto um casal briga. Com isso, o psicólogo e o matemático atribuíram um número para cada emoção demonstrada e encontraram os casais testados 6 anos depois para saber se seus cálculos estavam corretos. Além disso, eles queriam encontrar um jeito de prever quais casais iriam se separar olhando só para uma conversa entre eles.
Uma pista eram os sinais fisiológicos: mesmo quando aparentavam calma, os casais que se separaram no futuro já tinham corações mais acelerados, pressão mais alta e suavam mais durante as entrevistas sobre seus parceiros.
Eles encontraram a resposta em um modelo matemático de equações diferenciais não-lineares. O nome e os cálculos podem ser complicados, mas a explicação é simples. No caso da esposa, a fórmula é essa:

O resultado da conta vai prever qual será a próxima atitude da esposa durante a conversa, logo depois que o marido terminar de falar (t+1).
Com esse resultado, você calcula a próxima atitude e a seguinte, até poder prever como a conversa vai terminar. Esses número geram um gráfico. E aí resta ver se esse casal se parece mais com os gráficos de baixo risco (com reações mais positivas que negativas) ou de alto risco (espiral de negatividade)

Se gostaria de saber mais como funciona a fórmula e como foram os experimentos clique aqui